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Presença de robô no mercado não cresce só nas fábricas

Gestores de fundos, caixas de supermercado, motoristas de caminhão. Essas são apenas algumas das ocupações que já começaram a ser substituídas por máquinas

FONTE: https://exame.abril.com.br/revista-exame/presenca-de-robo-no-mercado-nao-cresce-so-nas-fabricas/

Não é preciso consultar videntes ou livros de ficção científica para ter uma ideia sobre o futuro do emprego. Basta olhar para o presente:

• A maior gestora de recursos do mundo, a BlackRock, com 5,1 trilhões de dólares em ativos, anunciou em março uma importante reorganização. A principal mudança é a substituição de seres humanos por algoritmos. O trabalho de definir a composição de certos fundos mútuos de ações, por exemplo, será realizado por software. A BlackRock concluiu que computadores tomam melhores decisões de compra e venda do que alguns seres humanos. A expectativa é que dezenas de gestores percam o emprego. E outros sejam recolocados na companhia.

• No fim de outubro do ano passado, um caminhão da empresa Otto atravessou o estado americano do Colorado transportando 45 000 latinhas de Budweiser. O trajeto percorrido tinha 190 quilômetros, e o veículo fez a viagem a uma velocidade média de 90 quilômetros por hora. O motorista só encostou no volante para guiar o caminhão nas rampas de acesso e saída da autoestrada. No restante do tempo, quem estava dirigindo era um computador.

• A rede de pizzarias americana Domino’s anunciou que vai começar a usar robôs sobre rodas para entregar pizzas em algumas cidades da Alemanha e da Nova Zelândia. Inicialmente, as entregas só serão automatizadas para endereços próximos das lojas, e os robôs serão acompanhados por funcionários. Mas, com a expectativa de crescimento da próxima década, diz o CEO da empresa, Don Meij: “Simplesmente não teremos entregadores suficientes se não aumentarmos nossa capacidade dessa maneira”.

• Por falar em pizza, a startup Zume já recebeu 23 milhões de dólares em investimentos de risco para colocar de pé um negócio de pizzaiolos robotizados. A empresa, com sede em Mountain View, no coração do Vale do Silício, usa novas máquinas fabricadas pela suíça ABB, fornecedora de robôs para gigantes da manufatura. Uma delas — que tem nome, Marta — despeja e espalha o molho de tomate na massa crua. Um ser humano no meio do caminho coloca os ingredientes escolhidos pelo cliente e um terceiro robô — Bruno — leva a pizza ao forno. O delivery de pizzas movimenta quase 10 bilhões de dólares anuais nos Estados Unidos, um mercado pronto para sofrer uma grande ruptura, segundo a empresa.

• Em algum momento deste ano a Amazon promete inaugurar em Seattle a Amazon Go, loja de conveniência sem caixas e sem filas. A experiência de comprar na Amazon Go não vai ser muito diferente de furtar um produto (mas tudo será pago, é claro). O cliente entra na loja, escolhe o produto desejado e sai andando, sem ter de colocar nada no carrinho nem escanear código de barras ou pagar em máquinas de autoatendimento. Câmeras e sensores espalhados pela loja identificam os produtos retirados da prateleira, e o pagamento é debitado automaticamente na saída do estabelecimento.

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